Estima-se que 80% dos cães de Xangai sejam irregulares.
A cidade de Xangai anunciou que implementará a partir de maio uma 'política do cão único', destinada a controlar o número de caninos na cidade.
A medida tem como modelo a política do filho único, que submete as famílias a um rigoroso planejamento familiar.
Estima-se que o número de cães não-documentados na cidade seja quatro vezes maior que o número de cães legalizados.
Ao fim do período de registro, mais de 600 mil cães devem ser considerados irregulares.
Proprietários de animais que não regularizarem seus cães terão de entregá-los às autoridades.
Aqueles que tiverem mais de um cão licenciado poderão manter os seus animais, mas só serão aceitos pedidos de novos cães submetidos por residências sem cachorros.
Debate
A nova regulação foi objeto de um longo e aquecido debate entre os legisladores municipais.
No ano passado, mais de 140 mil pessoas prestaram queixa na polícia para registrar mordidas de cães não registrados.
A polícia já afirmou que deve adotar parte dos cães que forem declarados irregulares.
A lei também proibirá os chamados cães de ataque, como os buldogues.
Mas, se o cumprimento da legislação seguir o padrão de leis passadas, é provável que muitos chineses encontrem maneiras de driblar as obrigações.
Quando, para frear a alta dos preços do setor imobiliário, o governo impôs restrições ao número de imóveis permitidos por cada família, houve relatos de casais se divorciando no papel - mas continuando a viver juntos - para poder aumentar o número de imóveis sob sua propriedade.
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