Referendo proposto pelo presidente do Equador, Rafael Correa, poderá acabar com touradas e outras formas de entretenimento que dependem do sofrimento de animais no país. A consulta à população a respeito do assunto deverá ocorrer antes de maio.
A medida coloca em cheque festivais que ocorrem há gerações em cidades tradicionais do país. Se a decisão for pelo fim desse tipo de atividade, eventos como o "Toros Populares", que mobiliza moradores do município de Alangasi, perto da capital, Quito, serão considerados ilegais. Mas não são apenas as touradas populares que podem ser afetadas pela medida.
O referendo também se estende a brigas de galo e outras atividades em que animais são mortos para entretenimento humano. Uma das brigas de galo mais tradicionais no país é a "El Gallo Rojo", em Cotocollao, ao norte de Quito.
Durante as brigas, proprietários dos animais incitam sua fúria para entrarem no ringue mais estimulados a derrubar o adversário. Espectadores fazem apostas entre US$ 5 e US$ 10. Organizadores do evento argumentam que os animais, que às vezes morrem nas batalhas, atacariam outro de sua espécie de qualquer forma se estivessem na natureza.
A tradição também ocorre em países vizinhos como o Peru e a Colômbia, que rejeitou no ano passado mudança na legislação que seria contrária à realização das atividades. No Equador, não houve ondas de protestos condenando a condição dos animais nestes eventos como houve na Espanha. Na região espanhola da Catalunia, touradas foram proibidas em julho de 2010.
Jovem equatoriano carrega cabeça de touro para vender em festival no país
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