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sábado, 22 de janeiro de 2011

Continuação de curiosidades sobre Tigres

Distribuição e subespécies

             

     

Tigres branco, dourado,albino e negro

A coloração dos tigres é normalmente castanho-amarelada nas áreas mais tropicais e alaranjada nas mais frias, com o ventre mais claro e com faixas negras ou marrons (estas mais comum no norte).

Existem na Índia tigres brancos que não são albinos, pois têm faixas escuras e olhos azuis e tigres “dourados”, com pelo amarelo-claro. Da China, há relatos de tigres “azuis”, com cor de fundo azulada e listras cinza-escuro.

Também já se viu tigres negros com listras claras (amarelas ou negras) e tigres sem listras, amarelos, negros ou brancos. São variações individuais que não caracterizam subespécies.

O comprimento do pelo varia de 7 mm a 20 mm no dorso e 15 mm a 35 mm a barriga nas subespécies tropicais; e de 40 mm a 60 mm no dorso e 70 mm a 105 mm na barriga nas subespécies de clima frio.

Os territórios ocupados pelos tigres retraíram-se rapidamente desde o final do século XIX e hoje a espécie está seriamente ameaçada de extinção. Três das oito subespécies conhecidas já desapareceram totalmente. A maioria dos poucos milhares de sobreviventes vive na Índia, Bangladesh, Nepal, Malásia e Sumatra. Há pouco mais de 100 no extremo leste da Sibéria e Manchúria e talvez algumas dezenas no sul da China.

Conhecem-se as seguintes subespécies (raças naturais) de tigres:

Espécie Localização Descrição

Tigre siberiano

Panthera tigris altaica

Extremo leste da Sibéria, Manchúria e Coréia

Massa média: macho: 235 kg (+3½); fêmea 129 kg (+1). Comprimento: macho 2,13 m, mais cauda de 0,85 m; fêmea 1,84 m, mais cauda de 73 cm. Força: macho +8, fêmea +6.

A maior das subespécies de tigre e o maior felino da atualidade. Hoje encontrado em estado selvagem apenas no extremo leste da Sibéria, além do rio Amur, onde vivem uns 150. Há também 500 a 700 espalhados por zoológicos de todo o mundo. Pelo longo e espesso, amarelado no inverno e avermelhado no verão. O maior já medido desta subespécie tinha 3,35 m de comprimento total (cerca de 2,4 m sem a cauda) e o mais pesado chegou a 306 kg (Força +8½).

Tigre do Cáspio

Panthera tigris virgata

Afeganistão, Irã, Turquia, Mongólia e Ásia Central

Massa média: macho: 202 kg (+3); fêmea 107 kg (+½). Comprimento: macho 2,02 m, mais cauda de 0,81 m; fêmea 1,78 m, mais cauda de 0,71 m. Força: macho +, fêmea +5.

Esta subespécie extinguiu-se na década de 1970. De pelo longo e espesso, era semelhante ao tigre siberiano, mas ligeiramente menor. Listras mais estreitas e de cor parda, pouco marcadas. Até a Idade Média, era a única subespécie conhecida (muito vagamente) pelos europeus.

Tigre de Bengala

Panthera tigris tigris

Índia, Bangladesh, Nepal, oeste da Birmânia e Punjab (Paquistão).

Massa média: macho: 215 kg (+3½); fêmea 126 kg (+1). Comprimento: macho 2,07 m, mais cauda de 0,83 m; fêmea 1,80 m, mais cauda de 72 cm. Força: macho +7½, fêmea +6.

A subespécie hoje mais conhecida de tigre. No final do século XIX, havia 100 mil deles; hoje acredita-se que ainda existam 3 mil a 5 mil exemplares na Índia. Pelagem alaranjada ou marrom-avermelhada, barriga branca, orelhas pretas com manchas brancas do lado de fora e brancas por dentro. O maior já medido desta subespécie tinha 3,10 m de comprimento total (cerca de 2,2 m sem a cauda) e o mais pesado chegou a 258 kg (Força +8).

Tigre indochinês

Panthera tigris corbetti

Indochina, oeste da Birmânia, extremo sul da China e Malásia

Massa média: macho: 171 kg (+2½); fêmea 114 kg (+½). Comprimento: macho 1,93 m, mais cauda de 77 cm; fêmea 1,73 m, mais cauda de 69 cm. Força: macho +7, fêmea +5½.

A população remanescente é estimada em 1.000 a 1.800 indivíduos. De cor mais escura que o tigre de Bengala, mas um pouco mais clara que o chinês

Tigre chinês

Panthera tigris amoyensis

Leste da China

Massa média: macho: 151 kg (+2); fêmea 107 kg (+½). Comprimento: macho 1,76 m, mais cauda de 71 cm; fêmea 1,64 m, mais cauda de 66 cm. Força: macho +6½, fêmea +5.

Caracterizado por listras espaçadas e de tamanho relativamente pequeno, é visto como a forma ancestral e primitiva de todos os tigres. Restam apenas 20 ou 30 espécimes deste tigre no seu hábitat natural (no sul da China, províncias de Kuangsi e Cantão), mais uns 50 em zoológicos da China.

Tigre de Sumatra

Panthera tigris sumatrae

Ilha de Sumatra

Massa média: macho: 118 kg (+½); fêmea 91 kg (-½). Comprimento: macho 1,69 m, mais cauda de 68 cm; fêmea: 1,59 m, mais cauda de 64 cm. Força: macho +5½, fêmea +4½. Manobras de combatemacho/fêmea: Morder (3 / 3½).

Menor que o tigre de Bengala (é a menor subespécie ainda viva) tem faixas mais juntas, bigodes longos, pelo espesso na bochecha e curto no pescoço. Alguns julgam tratar-se de uma espécie distinta, devido à sua distância genética das outras subespécies vivas. Restam cerca de 650 exemplares.

Tigre de Java

Panthera tigris sondaica

Ilha de Java

Massa média: macho: 119 kg (+½); fêmea 93 kg (-½). Comprimento: macho 1,70 m, mais cauda de 68 cm; fêmea: 1,60 m, mais cauda de 64 cm. Força: macho +5½, fêmea +4½. Manobras de combatemacho/fêmea: Morder (3 / 3½).

Semelhante ao tigre de Sumatra, mas com listras pretas mais numerosas e mais próximas entre si e com bigodes ainda mais longos. Provavelmente extinguiu-se nos anos 70, mas ainda não foi declarado oficialmente extinto.

Tigre de Bali

Panthera tigris balica

Ilha de Bali

Massa média: macho: 95 kg (+0); fêmea 72 kg (-1½). Comprimento: macho 1,61 m, mais cauda de 64 cm; fêmea: 1,43 m, mais cauda de 57 cm. Força: macho +5, fêmea +4. Manobras de combatemacho/fêmea: Morder (3 / 3½).

A menor das subespécies de tigre, do tamanho de um leopardo. O último deles foi caçado em 1937.


Folclore e mitos

No Ocidente, o tigre evoca principalmente idéias de rancor, despotismo e ferocidade, sem a majestade atribuída ao leão. Nos bestiários medievais, afirmava-se que o tigre era extraordinariamente feroz e ágil e que a única maneira de fugir dele era deixar espelhos para trás. O tigre seria distraído por seu próprio reflexo, pensando tratar-se de um filhote. A heráldica medieval o representa sem listras e com uma espécie de garra no focinho.

Na cultura hindu, a pele do tigre é um troféu de Shiva e o tigre é a montaria da deusa Shakti ou Kali. Animal caçador, é símbolo da casta guerreira na Índia.

Na Malásia, acreditava-se que o xamã tem o poder de transformar-se em tigre e, na Indonésia, acreditava-se que era a reencarnação dos antepassados.

O nome grego tigris parece vir do persa tighri, “flecha”, em alusão à agilidade do animal. Da mesma forma, o rio Tigre, da Mesopotâmia, teria recebido esse nome por sua corrente ser rápida em comparação à do vizinho Eufrates.

Na China, o tigre é visto como o rei dos animais e, em tempos antigos, recebia sacrifícios em sua homenagem. É também um símbolo de bravura, capaz de afastar demônios: “os cinco tigres” é o nome dado a famosos guerreiros que defenderam a China. O tigre branco representa o outono e o Oeste e seu aparecimento é considerado uma prova da virtude do Imperador. No sul da China, acredita-se que os membros de certas minorias étnicas transformam-se em tigres. Várias partes do tigre foram utilizadas na farmacopéia e na culinária chinesa tradicional, o que foi uma das razões de sua virtual extinção no país.

Segundo o historiador grego Pausânias (século II d.C.), a martícora ou mantícora deve ter sido, na realidade, uma descrição deformada e exagerada do tigre indiano. Seu nome original em grego era martikhoras ou martícora, que vem do persa martya, "homem" e xvar, "comer", ou seja, papa-homens. Ela foi citada pela primeira vez nas anotações sobre a Índia de Ctésias, um médico grego que trabalhou na corte do imperador persa Artaxerxes II, no século IV a.C.

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